Vi ontem um bicho na imundície do pátio
catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
não examinava nem cheirava:
engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
não era um gato,
não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manoel Bandeira
sábado, 27 de setembro de 2008
Paráfrase do poema O bicho
Vi ontem um homem na imundície do palanque
prometendo comida aos pobres.
Quando saía às ruas e via crianças
catando detritos nas calçadas
não amparava, nem ajudava:
engolia os impostos com voracidade.
O homem não era humano,
não tinha sentimentos, não tinha piedade.
O homem, meu Deus, era um rato.
Autor Desconhecido
prometendo comida aos pobres.
Quando saía às ruas e via crianças
catando detritos nas calçadas
não amparava, nem ajudava:
engolia os impostos com voracidade.
O homem não era humano,
não tinha sentimentos, não tinha piedade.
O homem, meu Deus, era um rato.
Autor Desconhecido
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